O cantor e compositor Ricardo Rabelo lança, nesta quinta-feira (25), o álbum “PARTE DA REVOLUÇÃO”. Na obra, o artista traz nas composições o ritmo do samba em letras fortes e cheias de histórias. O trabalho conta com participações especiais de Criolo e Fabiana Cozza.
Produzido e dirigido por Rabelo, o álbum reúne dez sambas autorais em parceria com outros nomes importantes do segmento, como Lucas Bueno, Willian Borges, Emerson Madureira, Dito Silva, Jefferson Santiago, Anderson Cobra, Nayara Campos, Rozi Rabelo, Emerson Urso, Rafael Xavier, entre outros.
A música que batiza o álbum, “Parte da Revolução”, é a faixa de abertura do trabalho. A canção foi escolhida por Elifas Andreato para ser a capa do disco. A composição carrega na letra uma crítica à corrupção. “Esse partido alto é uma sátira aos corruptos do país, apesar do tom debochado estamos falando sobre um assunto sério”, comenta Rabelo.
Em “Compasso da Maré”, uma composição em parceria com Lucas Bueno, o cantor usa metáforas para falar sobre o ritmo do amor que faz seu coração bater no compasso do samba.
A música que fiz com Lucas Bueno, fala sobre como meu coração bate no compasso da dança e no ritmo do amor, que é o que me faz seguir.
Em “A Força do Amor”, terceira faixa do álbum, o cantor ressalta que o amor é a maior força existente e nem mesmo a ciência explica esse sentimento que vem do coração.
Quando recebi essa letra do poeta Willian Borges estava faltando o refrão, então quis finalizar falando como o amor é capaz de tudo e como esse sentimento foge de qualquer tipo de definição.
A letra de “Clareia, Clareou”, quarta faixa do álbum, chegou ao artista como um presente de Emerson Madureira. O samba é um pedido para que a espiritualidade clareie os caminhos.
Quando ganhei esse presente do Emerson, pedi ao Pai para clarear a vida e a mente das pessoas de bom coração que necessitam de luz para seguir na caminhada.
A quinta faixa do álbum, “Ele Fez, Ele Faz, ELIFAS”, é dedicada ao ilustrador brasileiro Elifas Andreato e recebeu a participação de Criolo e Fabiana Cozza.
Esse samba eu fiz para homenagear o mestre Elifas Andreato, que era um mago nas ilustrações e tive a oportunidade de mostrar esse samba para ele.
Em “Pintou Temporal”, o artista recebeu um convite do Jefferson Santiago e do Dito Silva para fazer o fechamento da canção.
Nessa música, eu recebi um convite do Dito e do Jefferson para fazer o fechamento em forma de agradecimento aos bons momentos que vivemos no trio. A música é um pedido para que caia um temporal de coisas boas.
Em “Paulicéia Minha Vida”, Rabelo exalta São Paulo citando lugares importantes da cidade, a canção é interpretada também por Criolo.
O samba que fiz com Jefferson Santiago, é um passeio por São Paulo citando lugares importantes. No fechamento nós agradecemos diretamente ao povo miscigenado que construiu essa cidade.
Em “Céu da Favela”, o artista destaca o descaso que ocorre nas comunidades.
Nesse samba malandreado que fiz com Anderson Cobra, quis jogar todos os holofotes para o abandono que percorre as nossas favelas
“Enquanto nosso canto ecoar, vamos defender a Mãe Natureza” é a mensagem que Ricardo Rabelo transmiti em “Chuvas Torrenciais”, que conta com a parceria de Emerson Urso. A canção faz um alerta a crueldade causada pelo homem que consome a natureza.
Quando mandei esse samba para o meu parceiro Emerson Urso, ele mergulhou profundamente no coração da mata para finalizar com a energia e regência dos Orixás
“Pra Tupã/ Rei de Ketu” são as faixas que fecham o trabalho. O pout-pourri em defesa aos povos indígenas tem autoria de Ricardo Rabelo, Nayara Campos, Rozi Rabelo, Jefferson Santiago e Rafael Xavier.
“Tupã”, que fiz junto ao Rafael Xavier, é uma convocação aos guerreiros para expulsar os Caraíbas (homens brancos) que invadiram a floresta, jurando ter descoberto o Brasil em 1500. Já em ‘Rei de Ketu’, a Rozi Rabelo e a Nayara Campos vieram com a letra praticamente pronta, então fiz alguns ajustes com o Jefferson Santiago e musiquei. Esse samba é um mergulho na pesquisa sobre o Orixá Oxóssi.
Sobre Ricardo Rabelo
O músico, compositor, arranjador e produtor Ricardo Rabelo, nasceu em São Paulo e iniciou sua jornada musical aos 15 anos, tocando percussão. Aos 20 anos, começou os estudos no banjo, instrumento que se tornou sua paixão. Atualmente, faz parte da cena tocando cavaco e banjo, sempre em busca de aprimoramento como criador.
O cantor é um dos fundadores do Pagode da 27, e integra o projeto sociocultural há 18 anos. O artista fez parte também do C.R.M.R.C Bate Fundo. Rabelo teve a oportunidade de gravar com o Pagode da 27 nos CDs “A Comunidade Chegou” (1º CD), “Filhos da Favela” (2º CD) e “É O Povo Na Cabeça” (3º CD). Também colaborou com Sérgio Dias, Emerson Urso, Erminho Rabelo, Thaís Gomez, Grupo Procedimento, Marília Calderón, Cezar Sorato, Criolo, Tom Zé e Jards Macalé.
Como músico do Criolo, dividiu o palco com grandes nomes da música como Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Nelson Sargento, Monarco, Mauro Diniz, Velha Guarda da Portela, Alcione, Teresa Cristina, Maracatu Solar, Silva, Leci Brandão, Seu Jorge, Pretinho da Serrinha e Wilson Moreira.
Na área da composição, Rabelo tem várias músicas gravadas por diversos grupos e intérpretes. Atualmente, está lançando seu primeiro álbum solo intitulado “PARTE DA REVOLUÇÃO,” com capa assinada por Elifas Andreato.
PARTE DA REVOLUÇÃO
- Parte da Revolução
- No Compasso da Maré
- A Força do Amor
- Clareia, Clareou
- Ele Fez, Ele Faz, ELIFAS
- Pintou Temporal
- Paulicéia Minha Vida
- Céu da Favela
- Chuvas Torrenciais
- Pra Tupã / Rei de Ketu
Ficha Técnica
Produzido, dirigido e arranjado por Ricardo Rabelo
Co-produção e regência por Leandro Carvalhal
Direção geral: Beatriz Berjeaut
Produção executiva: Kler Correa e Rozi Rabelo
Projeto gráfico: Rozi Rabelo
Comunicação: Laura Sampaio
Capa: Elifas Andreato
Editora: Oloko Records (Warner Chappell)
Gravadora: Oloko Records
Distribuição digital: Virgin Music Group