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sexta-feira, novembro 22, 2024

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Jorge Aragão lança uma nova e empoderada versão para o sucesso “Moleque Atrevido” celebrando o mês da Consciência Negra

Canção, que passará a se chamar “Respeita” e que traz parceria de Djonga, faz parte do novo EP de Aragão, que será lançado música a música, apresentadas semanalmente até janeiro de 2024

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Quem foi que falou que Jorge Aragão não é um “Moleque Atrevido”? O cantor e compositor que ‘ganhou sua fama de bamba nos sambas de roda’, agora faz um flerte com o Rap, ao trazer uma nova roupagem para este, que foi um de seus maiores sucessos. Lançado originalmente nos anos 90, a canção agora trará trecho inédito composto e interpretado por Djonga, que faz parceria com o sambista no hit, que chega também com novo nome, passando a se chamar “Respeita”. A novidade estreou nas plataformas digitais, via ONErpm, em formato de single, nesta sexta-feira, 24 de novembro.

O lançamento faz parte do novo EP de Aragão, intitulado “Projeto Identidade”, que começa a ser lançado no mês da Consciência Negra, fazendo uma viagem inesquecível por alguns sons do cantor que representam a força da cultura negra no Brasil. Sucessos já conhecidos do artista, como “Malandro”, “Cabelo Pixaim”, “Preto Cor Preta”, “Coisa de Pele”, entre outras, também serão reinventadas em parceria com nomes já consagrados no cenário do rap e do trap. Entre eles BK, Emicida, Lennon, Rappin Hood, Liniker, Xamã e Negra Li, além do sambista Xande de Pilares que interpreta faixa totalmente inédita com o mestre e traz uma obra de profunda reflexão. As canções serão lançadas uma a uma, apresentadas semanalmente entrando em 2024 ainda repleto de novidades, quando será disponibilizado o compilado completo.

“Prestigiados são aqueles que usam a arte como luta. E eu fico feliz em saber o que fiz pela música. Temos a cor da noite, somos filhos de todo açoite, mas podemos construir diariamente novos caminhos. Seguimos unidos, mais fortes e mais lindos”, reflete o poeta do samba ao falar sobre o projeto – que também pretende chamar atenção para o fato de que o Dia da Consciência Negra não se trata apenas de uma data, apesar do importante simbolismo que a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, nos traz. “O ‘Projeto Identidade’ revisita o passado, por causa das músicas que carregam história e abordam essa temática, mas, ao mesmo tempo, faz essa conversa com artistas novos, jovens e engajados na luta, e completa com inéditas.

Imprimindo ao compilado, essa emocionante homenagem à cultura preta na música brasileira, as canções também virão acompanhadas por lyric vídeo e por um mini-documentário, em que o cantor e os rappers convidados falam mais sobre o projeto e seu significado. “Este é um projeto muito importante e cheio de significado para mim, carrega o dia a dia das nossas raízes. Falando do cotidiano, da beleza, da cultura, da força, do talento, da resiliência e tantas outras formas de arte do nosso universo cultural”, conclui Jorge.

“Respeita” já está disponível em todas as plataformas digitais.

LETRA

Jorge Aragão/Flavio Cardoso Silva/Paulinho Rezende/Gustavo Pereira Marques

Quem foi que falou

Que eu não sou um moleque atrevido

Ganhei minha fama de bamba

No samba de roda

Fico feliz em saber

O que fiz pela música, faça o favor

Respeite quem pôde chegar

Onde a gente chegou

Também somos linha de frente

De toda essa história

Nós somos do tempo do samba

Sem grana, sem glória

Não se discute talento

Mas seu argumento, me faça o favor

Respeite quem pôde chegar

Onde a gente chegou

E a gente chegou muito bem

Sem a desmerecer a ninguém

Enfrentando no peito um certo preconceito

E muito desdém

Hoje em dia é fácil dizer

Essa música é nossa raiz

Tá chovendo de gente

Que fala de samba e não sabe o que diz

Por isso vê lá onde pisa

Respeite a camisa que a gente suou

Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou

E quando pisar no terreiro

Procure primeiro saber quem eu sou

Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou

(Djonga)

Respeite quem pôde, respeite quem pode

Do giro do LP à tela do iPod

Duvido que tu pare em pé com as linhas do Djonga

Cercado e protegido com as armas de Jorge

Tentaram pôr na forma eu não coube no molde

Disseram que eu ia ficar pelo caminho,

pode?

Creio que provei que tudo que eu falava era verdade

Nós é do tipo que ladra, só que também morde

Uma coroa de rei não coroa de flores

Cinturar ignorante, mas nem é de coldre

É o novo cinto da Gucci que eu comprei pra mim

Sem olhar o preço só escolhi as cores

Quem desacreditou, juro é o que mantenho de pé

Marcas do passado deixam o clima de quem é de fé

Aprendi com os ancestrais, dois ouvidos uma boca

Tipo onde vocês for, mano, pra mim, já é

(Jorge e Djonga)

Por isso vê lá onde pisa

Respeite a camisa que a gente suou

Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou

E quando pisar no terreiro

Procure primeiro saber quem eu sou

Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou

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