Sempre em busca de novos meios e métodos de manter a comunidade da Serrinha voltada para o desenvolvimento e aprimoramento de todo potencial que habita no local, a equipe à frente da Casa do Jongo da Serrinha não para e agora, nos dias 21 e 22 de setembro, visita os jongueiros da Cachoeira de Arrozal, mais uma comunidade do seu projeto: Encontro das Comunidades Jongueiras.
O intercâmbio entre as comunidades, que tem o Jongo como matriz cultural e social, acontecerá até o final de 2024, perpassando por outras comunidades jongueiras do Rio de Janeiro.
“O objetivo principal do projeto é que futuramente haja uma rotina periódica destas visitas para o fortalecimento político, social e cultural destas localidades que apresentam, cada uma, suas particularidades conforme o contexto que vivem. Vamos começar a nível estadual e futuramente queremos desbravar o Brasil e o mundo, chegando em Angola, local onde o Jongo teve origem”, conta Ivo Mendes, herdeiro da matriarca da Casa do Jongo.
O grupo Jongueiro da Cachoeira de Arrozal foi fundado pelos descendentes dos negros escravizados da Fazenda da Cachoeira, em 1895. Hoje, o Jongo de Arrozal, sob a coordenação do mestre Edgard Camilo, tem o firme propósito de resgatar, valorizar e divulgar as raízes do povo brasileiro.
Além do debate, haverá também contação de histórias, um projeto literário que foi inserido nestas visitas para enriquecer a experiência ancestral e cultural das crianças e jovens, feita pelos mais velhos, que irão trazer seus conhecimentos e de seus antepassados para explicarem toda a trajetória cultural do Jongo até os dias atuais.
Fotos: Crédito Acervo Casa do Jongo
