Após denúncia, a Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro, a Aruc, tradicional escola de samba do DF foi multada em R$ 5 mil nessa terça-feira (20/9) pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), por fazer barulho durante ensaio e ainda interditada por emitir sons acima do permitido.
O caso está na justiça após denúncia de vizinho insatisfeito com o suposto “barulho”. A notificação também proíbe a execução de música mecânica e ao vivo, o que causou revolta entre os dirigentes da agremiação e a indignação em redes sociais.
“Ridículo isso. Enquanto isso aqui no “Noroeste” o barulho ultrapassa o limite legal, as obras começam antes do horário estabelecido. Fazemos denúncia e nada acontece. Lamentável” (Esbravejou o internauta)
“Noroeste” é bairro de classe alta, tendo o m2 mais caro da Capital.
A escola lançou nota:
O Ibram notificou a escola de samba por meio de auto de infração ambiental. A descrição formal do documento afirma que a Aruc “perturbou o sossego e o bem estar da população com a emissão de som acima dos limites permitidos”. A notificação cita como base a Lei 4.092 de 2008, conhecida como Lei do Silêncio.
O Ex-presidente, o Moa, afirma que a notificação é descabida, já que a Aruc funciona no mesmo endereço desde 1974 e, semanalmente, ocorrem os ensaios.
“Durante quase 50 anos nunca tivemos problemas com a vizinhança. Estamos fazendo os ensaios na quadra de esportes, que é voltada para o comércio e não para as residências. O fiscal disse que auferiu 69 decibeis quando o limite é 60. Esse limite é ultrapassado com uma pessoa cantando ‘Parabéns’”, defende.
A escola, ao que parece, vem sofrendo uma perseguição sem fim, de um vizinho, que entrou com ação judicial contra o samba promovido pela agremiação.
Será que é uma intolerância só com o samba ou com os costumes religiosos de matriz africana, que as agremiações promovem e preservam?