O primeiro single do novo álbum do cantor e compositor Charlles André chegou às plataformas digitais no dia 12 de maio. É “Minha razão de viver” (Chico Roque / Sergio Caetano / Miguel Plopschi), regravação do sucesso do Araketu nos anos 1990. Revisitar a década que marcou a explosão do pagode com diversos grupos – como Raça Negra, Só Pra Contrariar, Exaltasamba, Katinguelê, Soweto, Kiloucura, Boka Loka, Raça e Os Morenos, grupo do qual Charlles André fez parte – é uma tendência. E os projetos com essa pegada retrô estão fazendo muito sucesso.
“Quando comecei minha carreira solo, costumava cantar ‘Minha razão de viver’ nos shows. Até porque ela tem um quê de ‘Mina de fé”, sucesso de Os Morenos, de minha autoria. Então, a escolha foi natural, combina com a sonoridade do álbum que vou lançar em agosto… Sem falar que costumavam me confundir com o Tatau”, revela Charlles André rindo.
O novo álbum, o quinto trabalho da carreira solo, tem outras regravações e também músicas autorais inéditas, uma até composta há duas décadas. Tudo com a cara do povo do samba e pagode, com arranjos modernos, batuque de primeira qualidade e letras que falam da vida de qualquer brasileiro. Enquanto espera-se o lançamento do álbum completo, já dá para sentir um gostinho com “Minha razão de viver”.
Sobre Charlles André
Charlles André tem mais de trezentas composições gravadas por diversos artistas em mais de seis milhões de discos vendidos. É músico profissional: toca cavaquinho, banjo e violão; lê e escreve partitura musical; além de produzir e fazer arranjos. Participou por nove anos do Grupo Os Morenos, saindo em 2004 para se dedicar à carreira solo, voltando dez anos depois para a realização de alguns shows comemorativos aos 20 anos de grupo.
A primeira composição de Charlles André foi “Desilusão”, feita quando ele tinha apenas 14 anos. E hoje ele é um dos mais requisitados compositores no universo do samba e do pagode. Entre suas composições gravadas por Os Morenos, estão “Mina de fé” e “Amor singular”. Mas a assinatura de Charlles André está também em sucessos, como “Tanajura”, do Negritude Júnior; “Pela vida inteira”, do Kiloucura; “Coração deserto”, do Sorriso Maroto; “Amor e amizade” e “Desejo contido”, do Exaltasamba; “Linguagem dos olhos”, primeiro sucesso da carreira solo do cantor Péricles; “Nunca se diz nunca”, gravada por Maria Rita; “Camisa 10”, o maior sucesso da Turma do Pagode; e o samba-enredo da PORTELA no carnaval de 2015, “Sou carioca, sou de Madureira”. Muitos outros artistas e grupos já gravaram músicas de Charlles André: Karametade, Arranco de Varsóvia, É o Tchan, Mumuzinho, Raça, Thiaguinho, Molejo, Sidney Magal e Pixote.
O produtor Marcos Salles foi quem descobriu Charlles André como instrumentista e o levou a tocar com bambas, como Zeca Pagodinho, Sombrinha, Reynaldo, Leci Brandão, Arlindo Cruz, Jovelina Pérola Negra e Marquinhos Sathan.
Já como instrumentista, Charlles André acompanhou muitos bambas, como Zeca Pagodinho, Sombrinha, Reynaldo, Leci Brandão, Arlindo Cruz, Jovelina Pérola Negra e Marquinhos Sathan.
O primeiro trabalho solo do cantor e compositor, lançado em 2005, foi o álbum gravado ao vivo “Charlles André canta seus sucessos”, com 14 faixas, sendo todas composições próprias, algumas compostas em parceria com nomes conhecidos do pagode nacional. O segundo, “Ao vivo em Salvador”, saiu em 2007; o terceiro, “Cantador”, de 2016; e o quarto foi lançado em plena pandemia: o EP “Um bom brasileiro”, de 2020.