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terça-feira, novembro 19, 2024

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Carnaval Sustentável: Acadêmicos de Santa Cruz arrecada garrafas pet para confecção de alegorias e adereços

Campanha sustentável faz parte do projeto de Carnaval da escola

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A Acadêmicos de Santa Cruz iniciou ontem (05), junto a sua comunidade, uma campanha para arrecadação de garrafas pet transparentes de 2 litros para a confecção do Carnaval de 2025. O objetivo é produzir adereços com o material de maneira sustentável, de forma a minimizar os impactos causados pelo descarte do plástico no meio ambiente.

A reciclagem e a reutilização de materiais já é uma realidade no Carnaval. E é utilizada pelo carnavalesco Cid Carvalho há alguns anos: “A ideia é desperdiçar o mínimo. Evitamos jogar fora a madeira utilizada nos carros e as estruturas de ferro. Também pensamos em adereços que possam ser transformados e tecidos que possam ser utilizados”, explica.

Entre barracão e ateliê, a escola conta com cerca de 20 pessoas para construir o desfile. Escultura, pintura, marcenaria, ferragens e adereços são realizados por profissionais do Carnaval, que sabem transformar os materiais em novas possibilidades de alegorias e fantasias. Cid, que começou a sua carreira em 1997 na Beija-Flor, destaca que a convivência com Joãosinho Trinta, quem o artista considera um mestre, foi um grande aprendizado:

“Um dos maiores ensinamentos do João é que existem dois tipos de luxo no carnaval. O primeiro luxo é o que o dinheiro compra. Ou seja, se você tem o dinheiro terá acesso a esse luxo. O segundo é o luxo da criatividade. Já vi o João transformar bacias em colunas magníficas. É exatamente olhar para algo que, diante dos olhos de qualquer pessoa, não seria utilizado, mas no Carnaval transformamos em luxo visual”.

Além de garrafas pet, o carnavalesco vai utilizar escorredores de macarrão e arroz, bambus retirados do terreno onde fica o barracão da escola, boia de piscina e diversos outros objetos que possam causar efeitos no enredo “Os Sagrados Altares Tupiniquins”, que traz as origens de diversas manifestações culturais por meio da fé e do sincretismo religioso.

Cid explica que fazer Carnaval na Intendente Magalhães é uma realidade distinta, principalmente pelas questões financeiras, logísticas e estruturais que envolvem as escolas que estão nesses grupos. Mas, segundo ele, a Santa Cruz, que desfila na Série Prata, conta com um planejamento elaborado para retornar à Marquês de Sapucaí:

“Temos uma verba muito pequena e ela chega muito próximo ao Carnaval. A maneira de driblar essa dificuldade é antecipar e se organizar. E é isso que temos feito nos últimos três carnavais. A parte alegórica da Santa Cruz será finalizada dentro do mês de novembro, com decoração, iluminação e efeitos especiais. As fantasias serão finalizadas até primeira quinzena de fevereiro. A meta é distribuí-las aos componentes na segunda quinzena”.

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