Os 300 anos da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida e os 86 anos do Cristo Redentor, foram comemorados ontem com uma festa regada a fé e samba.
Desta vez a fé e a cultura puderam caminhar de mãos dadas e o discurso foi de que levar o samba, importante expressão cultural do nosso povo, para a festa do Cristo Redentor e do tricentenário de Nossa Senhora Aparecida que repercutem no mundo inteiro, é uma forma de apresentar às novas gerações que é possível e preciso conjugar fé e cultura. “Para as crianças vamos deixar um bonito exemplo de como trabalhar fé e cultura, porque a fé que não promove a cultura é intolerante”, afirma Padre Omar Raposo Reitor do Cristo Redentor.
Este é um discurso bem diferente do que foi adotado logo após o desfile de Carnaval do Rio de Janeiro deste ano, quando a Arquidiocese do Rio pediu pessoalmente que o lindo Tripé com a face do Cristo e de Oxalá no desfile da Mangueira, não voltasse a avenida no sábado das campeãs.
Não se sabe se por conveniência ou, como um sinal de avanço para adoção de uma postura mais tolerante por parte da Arquidiocese do Rio em relação a verdadeira união entre a fé e a cultura dentro de um cidade que respira o sincretismo religioso, e que está a beira de um colapso com vários e lamentáveis episódios de intolerância religiosa, fato é que crianças, fé e samba se uniram numa festa grandiosa com lançamento de samba-enredo mirim dedicado á Nossa Senhora Aparecida, com apresentação para o grande público do “Samba da Padroeira”, lançado no dia 11 no alto do Corcovado. Na orla da zona sul, a avenida Atlântica virou Sapucaí com um desfile de escolas mirins que se encerrou com a Coroação de Nossa Senhora Aparecida, na Avenida Atlântica.