Egili Oliveira, rainha da Acadêmicos de Vigário Geral, tem uma extensa bagagem como sambista, mas isso não é novidade para ninguém. O que poucas pessoas sabem, é que Egili também é atriz, formada em artes cênicas (com participações na TV aberta, no streaming e estrelando comerciais), modelo, dançarina, empresária, produtora, professora de samba, coaching, mãe e avó. Esse currículo de peso é a base para o que ela chama de “sambaterapia”, método utilizado no Projeto Samba do Coração.
O Samba do Coração visa empoderar mulheres por meio do Samba, trabalhando autoestima, a cura do olhar sobre si, sobre o seu “eu mulher”. Não é só mais um projeto de samba, ou de aulas de dança, apenas. É um trabalho de desbloqueio de tabus femininos.
No projeto, Egili se reúne com as alunas no Espaço Ateliê Bonifácio, preparado com muito cuidado e carinho, proporcionando um local de acolhida. Egili escolheu este coletivo negro, pois acredita que é uma forma de reaproximar as mulheres de sua ancestralidade. Nos encontros, todas participam de uma roda de conversa na qual cada uma divide suas histórias, dramas e bloqueios. Desta forma, Egili consegue entender cada movimento executado pelas participantes, identificar as dificuldades e atuar, com falas de conforto e compreensão.
Egili destaca que desde 2016, quando deu início ao Samba do Coração, muitas mulheres deram a volta por cima em suas histórias, curando a autoimagem e redescobrindo sua força interior, abandonando relacionamentos abusivos, com parceiros e familiares, ambientes tóxicos de trabalho, conquistando novos espaços no mundo.
O Samba do Coração é voltado para mulheres de todas as idades e etnias. O Ateliê Bonifácio fica na rua do Senado, 50, Centro do Rio.
Mais sobre o trabalho de Egili Oliveira:
Artista premiada e conceituada em carnavais de todo o mundo, acumula os títulos de Rainha do Carnaval da Suécia; Madrinha do Carnaval da Finlândia; Rainha de bateria da União Parque Curicica; Musa da Renascer de Jacarepaguá e da São Clemente. Hoje é rainha de bateria da GRES Vigário Geral. Viaja pelo mundo dando workshops de samba no pé e sendo uma verdadeira divulgadora cultural.
Desde de 2007 sendo uma das pioneiras em compartilhar a arte do samba em solos estrangeiros, atravessando fronteiras com nossa cultura. Egili traz na construção de seu samba, o encontro consigo e com sua ancestralidade, a potência da mulher negra, da valorização de suas raízes, e é isso que preza por passar adiante em suas aulas.