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sábado, novembro 9, 2024

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Óia O Samba de Oyá: Associação Ayodele promove a primeira edição do evento

Marcado como um encontro ancestral, o dia 30 de novembro conta muito samba, feijoada, acarajé e DJ's, em Santo Amaro

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Para iniciar 2025 com boas energias, a Associação Cultural e Religiosa Ayodele realiza o primeiro samba em homenagem à Orixá Oyá, que, segundo as crenças, será a energia regente do próximo ano. O evento contará com uma programação de samba tradicional, DJs e comidas típicas como feijoada e acarajé, no sábado, dia 30 de novembro, na Rua Cerqueira de César, 480, em Santo Amaro. O local ainda oferece uma área de recreação para crianças. “Óia O Samba de Oyá” começa com uma homenagem ao povo da rua às 12h com os ogãs do próprio Ilé Asé, para saudar a força que movimento – os pratos de feijoada serão servidos. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente no site da Shotgun (acesse aqui) ou na entrada do evento, e o valor inclui um prato.

Comandada pela Iyalorisá Paula de Oyá, a Associação Ayodele busca empoderar e celebrar o povo preto e sua ancestralidade por meio de manifestações culturais como o “Óia O Samba de Oyá”, cujo objetivo é alegrar as rodas de samba tradicionais, resgatando ensinamentos através da música. “Para mim, encerrar o ano com um samba para o Orixá que rege minha vida e minha casa (Ilê Asé Ayodele Ogun Megegê) é gratificante, especialmente por focar em um público que valoriza o enriquecimento cultural em São Paulo, com uma celebração a história preta”, expressa a Iyalorisá e organizadora da associação.

À frente dos atabaques e na trilha sonora estará o grupo Batucada das Pretas, formado majoritariamente por pessoas pretas e mulheres LGBTQIAPN+ do extremo leste de São Paulo, que receberam o convite da sacerdotisa da casa com orgulho. Elas prometem trazer em seu repertório a combinação do axé e da energia feminina, celebrando a força da grande matriarca Oyá. “Convidei a Batucada das Pretas como forma de incentivo; a nossa casa é matriarcal, conduzida por mulheres, entendem? Nada mais justo do que ser um grupo composto por mulheres”, afirma Paula. Engrandecendo ainda mais a homenagem, Rahessa, cantora e compositora que traz influências afro contemporâneas com elementos ancestrais em suas músicas, irá acalentar o coração do público com canções temáticas da Orixá e também autorais.

Além da música, a Ayodele oferecerá o “ajeum”, um momento importante de confraternização em que todos comem juntos. Serão servidos dois pratos tradicionais, especialidades de Paula: a feijoada de Ogum e o acarajé de Oyá – iguarias do culto do candomblé e entre as mais populares do Brasil.
O abre alas serão os atabaques e tambores dos ogãs Guilherme Alves (Balogun), Pedro Lucas (Iwintunse), Thiago Lins (Eperinodé) e João Luiz (Ogan de Obaluae), que animam o sábado ao lado dos DJs JLZ, produtor musical do selo 999, Delcu, DJ, produtora e curadora artística, que surfa entre o techno e o pop dos anos 2000, e DJ AYLA, residente do Furacão 3000.

O evento promete acontecer semestralmente em 2025. Para esta edição, os ingressos já estão disponíveis no Shotgun, e incluem um prato das iguarias servidas, também com vendas na entrada do evento.

SERVIÇO:
Associação Cultural e Religiosa Ayodele apresenta “Óia O Samba de Oyá”
Data: 30 de novembro
Horário: 12h às 20h
Local: Rua Cerqueira de César, 480, Santo Amaro, São Paulo
Ingressos: (clique aqui) – vendas também na porta do evento.
Valores:

Lote Promocional –
Entrada sem o prato: R$35,00
Entrada incluso prato normal ou vegano: R$40,00

1 Lote –
Entrada sem o prato: R$40,00
Entrada incluso prato normal ou vegano: R$45,00

Valores na porta mediante disponibilidade.

Sobre a Associação:

A Iyalorixá Paula de Oyá, conhecida também como “mãe Paula” ou “Mãezinha” é a matriarca do Ilé Asé Ayodele Ogun Megegê, sendo uma mulher preta nascida e criada no candomblé, religião ao qual assume seu legado ancestral a cerca de 20 anos. Paula de Oyá segue os fundamentos e personifica em si a essência da religião, trazendo sabedoria e devoção à sua comunidade. Como guardiã da tradição, Mãe Paula é a ponte entre as gerações, preservando e compartilhando os ensinamentos ancestrais, dentro e fora do culto a partir da oralidade, mantendo a memória viva com línguas, dialetos, cantos, danças e artes que compõem a cultura diaspórica africana no Brasil.

Como forma de manter a cultura em movimento, mãe Paula fundou a Associação Religiosa e Cultural Ayodele com o propósito de promover ações culturais e beneficiente para a cidade de São Paulo e Diadema como o próprio “Óia O samba de Oyá”, como também apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade com arrecadações de roupas, brinquedos, alimentos e itens de necessidade básica para distribuição das mesmas. Ao mesmo tempo, em parceria com Amanda Montanha, administra a loja “Requinte da Fé”, de artigos religiosos, em Santo Amaro e é a força que junto com o sagrado impulsiona o chão do Ilê Asé Ayodele Ogun Megegê, local de culto e refúgio para a comunidade se fortalecer espiritualmente e socialmente.


“Ilé”, no dialeto yorubá significa “casa”, e representa a conexão direta entre o “Ayê” (mundo material), e o “orum” (parte espiritual). O espaço flui perante a liderança de mulheres, considerado um sistema matriarcal, ou seja, todos os cargos de importância da casa são ocupados por mulheres.
Para a sacerdotisa, o Ilé Asé não é um local que perpetua apenas tradições, mas sim desafia normas de gênero e promove inclusão e capacitação para construir uma base sólida no desenvolvimento de todos, e não apenas da comunidade em si.

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