O Samba como expressão autêntica da cultura brasileira, também é símbolo de resistência do nosso povo, pela preservação de suas raízes culturais e das manifestações de fé de matriz afriana.
No Brasil, o Rio de Janeiro, sem sombra de dúvidas, tornou-se o expoente maior deste movimentos mas, a quilômetros de distância do Rio, em pleno nordeste brasileiro onde o forró é o rei, o samba resiste, cresce, e conquista cada vez mais espaço.
Na cidade de Natal-RN, mais precisamente no tradicional bairro da Ribeira, o Beco da Lama se tornou reduto de samba de raiz da melhor qualidade, com clima eclético onde gente de todas as tribos e todas as idades se encontram, em torno de uma roda regada a samba e fé marcada pelo sincretismo religioso.
Atravessando a cidade, no bairro de Ponta Negra, considerado o mais turístico da zona sul de Natal, um espaço também tornou-se reduto de samba, resistência e fé sincretizada:
Fazendo jus ao nome, a cervejaria “Resistência”, trás da decoração às atrações musicais, símbolos de tudo aquilo que remete a resistência de movimentos populares, inclusive culturais e religosos.
Neste espaço, rodas de samba se únem a apresentações de umbanda, inclusive conectados a fé em São Jorge | Ogum, um dos maiores padroeiros do samba, celebrado no dia 23 de abril.
A artista “Jamilah Al Hanna” representa a fé nos orixás com magníficas apresentações teatrais que encenam a trajetória de várias entidades ao som de pontos e sambas de cunho religioso.
Assim, o Samba continua não somente a resistir, mas a crescer como símbolo também do que nos torna mais forte enquanto povo, e do que é essencial para qualquer pessoa: alegria, fé, comunhão e identidade.