O jeito franzino, rendeu-lhe o apelido de Mosquito. O dom, rendeu-lhe o título de “transmissor” da febre do samba.
Com um banjo tatuado nas costas, começou a ficar conhecido na Ilha do Governador, seu território e nas rodas de samba onde subia ao palco para “versar” chamando a atenção do público.
De repente o “Mosquito” da Ilha, viu sua música virar tema de novela global emplacando sucessos como “O Sorte” e “Não Enche” (Babilônia e I Love Paraisópolis).
Fugindo das “raquetadas” que todo “Mosquito que se prese” tem que aprender a driblar, ele teve a ousadia de voar alto e lançar seu primeiro cd, quase todo autoral, com participação de grandes nomes como Zeca Pagodinho.
Aliás, a semelhança entre Mosquito e o padrinho Zeca, é mais uma ironia do destino, apesar de Zeca não deixar de ser uma das suas influências, assim como Candeia, João Nogueira, Cartola, Caetano Veloso entre outros grandes nomes da Música Brasileira.
Seu trabalho é irreverente, simples, mas não simplório! Tem a alegria espontânea e verdadeira do bom e velho samba de roda, ao mesmo tem em que demonstra a riqueza de talento de um artista que nasceu para brilhar.
Prova disso é que o samba de Mosquito encantou um dos mais respeitados nomes da nossa música, Caetano Veloso. O tropicalista, não exitou em dirigir a Mosquito um elogio rasgado: “Conheci Mosquito através dessa música e fiquei maravilhado com o autor e o cantor.” E ainda referindo-se à canção “Só Hoje” Caetano manda: “tentei gravá-la. Mas, percebi que fica bonito mesmo é com Mosquito cantando com sua voz pura e límpida, muito jovem, mas dominada até o âmago pelo sotaque do samba carioca de raiz”.
Para os críticos o Samba de Mosquito, descende da linhagem nobre dos cantores e compositores da década de 80, criados na quadra do Cacique de Ramos. “Ô Sorte” e “Vou Ver Juliana” são bons exemplos da excelente procedência do Samba de Mosquito.
Seria até irônico dizer que todo mundo quer ver o Mosquito cantar, mas o fato é que o som deste Mosquito é contagiante, já tomou conta do Rio de Janeiro, de São Paulo e começa a se espalhar pelo Brasil!
Não é a toa que foi o ilustre convidado a cantar na inauguração da Cidade Matarazzo em São Paulo e, uma das principais atrações, num show histórico no Alto Leblon – ao lado de Pretinho da Serrinha, Dônica, Baby do Brasil, Otto e do próprio Caetano Veloso.
O que este Mosquito quer da vida agora? Continuar vivendo na cadência do samba com sua picada de sucesso!
Ô Sorte Hein!!!