O carnaval 2023 chegou chegando e o primeiro dia de desfiles na Sapucaí foi marcado por momentos emocionantes, de muita alegria e também de irreverência.
Com sambas-enredos lindíssimos, entre protestos e homenagens, as seis primeiras escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro, levantaram a Sapucaí irreverência e alegria.
O Imperio Serrano, primeira escola a desfilar, veio grandiosamente exuberante:
Mesclando tons de verde diferenciados que deram um toque de requinte e sofisticação às fantasias, ao homenagear o grande Arlindo Cruz a escola já começou com um carro gigantesco que trazia São Jorge combatendo 11 dragões.
A brincadeira respeitosa, era que os 11 dragões simbolizavam as 11 escolas de samba do grupo Especial na disputa.
O carro impressionou e chamou a atenção logo de cara, mas o ápice do desfile foi a passagem do homenageado: Arlindo Cruz, que ao lado da família, entrou na Sapucaí entre aplausos de pé e lágrimas emocionadas do público e amigos, entre eles Alcione.
Na sequência, veio a campeã do Carnaval 2022, a Grande Rio com seu enredo em homenagem a outro grande nome do samba, Zeca Pagodinho, que também teve um gigantesco carro alegórico cheio do que mais gosta na vida: família, amigos e claro, cerveja. Zeca teve uma chopeira só sua durante o desfile.
No melhor estilo “Deixa a vida me levar”, a Grande Rio desfilou alegria pela Sapucaí com todo o sincretismo religioso e colorido alegre que permeia a vida de Zeca: Um dos carros mais bonitos era o dos Erês, cheios de crianças e de doces da festa de São Cosme e Damião, de quem Zeca Pagodinho é devoto.
A exubarante Paolla Oliveira, veio a frente da bateria com uma fantasia mínimalista, digamos assim, mas que representava a grandeza dos metais de São Jorge, tendo ao lado o namorado apaixonado Diogo Nogueira.
A Mocidade cumpriu o prometido levando para a avenida um desfile realmente Esculpido por artista, para contar a história do Mestre Vitalino: o barro ganhou tons dourados e a Marques de Sapucai parecia coberta do mais puro ouro quando a Mocidade entrou na Avenida. As cores da Escola também não faltaram: Nomes como Dudu Nobre que venceu o samba da escola, Sandra de Sá e Tiãozinho da Mocidade, representaram Jesus (Dudu Nobre), Maria (Sandra de Sá) e José (Tiãozinho da Mocidade), que são frequentemente representados na arte do barro. Foi lindo.
Uma da manhã foi a hora da Unidos da Tijuca levar a Baía de Todos os Santos direto para Sapucaí. A comissão de frente, veio linda representando as águas que fazem a conexão África Brasil um verdadeiro banho de axé nas àguas de Oxalá, e emocionou o público e certamente vai levar nota 10 com uma inovação espetacular:
As luzes de apagaram na Sapucaí e o efeito especial tornou o espetáculo encantador, enquanto Odoyá (Juliana Alves) sobe com seu espelho. Foi lindo de se vê!
O azul do mar tupinambá também ganhou tons exuberantes. combinados com branco e amarelo nas fantasias. A Tijuca foi só luxo e beleza e vem forte na disputa pelo campeonato.
Quarta escola a desfilar, o Salgueiro chegou com tudo. Com verleho exuberante o teatro da Comissão de Frente que representava o julgamento de Joãozinho que luta com a morte para salvar condenados e vence a batalha. Um palco gigante se deslocando num espetáculo teatral digno de nota 10. O abre alas também veio gigantesco com 2 chafarizes com 35 mil litros de água, assim como todos os carros alegóricos de tamanho monumental.. O grito de basta de violência e opressão era entoado a plenos pulmões pela Sapucaí num espetáculo lindíssimo, enquanto São Miguel Arcanjo vencia a batalha contra as forças do mal em plena Sapucai.
E a frente da furiosa, que anunciva da escuridão, nasceu o dia, a rainha das rainhas, Viviane Araújo brilhou e mostrou novamente toda a sua simpatia e samba no pé com a fantasia de Madmax, na companhia do seu famoso tamborim. Sua passagem como sempre, foi marcada com aplausos do público.
Para fechar a noite com a beleza da aurora, A Estação Primeira de Mangueira trouxe o seu verde e rosa para pintar a Sapucaí, no carnaval 2023 com o enredo Áfricas que a Bahia canta. Repleto de Orixás, o carro pede passagem trazia como Rainha do cortejo Tucumbi, a grande Alcione, como coração do símbolo da Escola o Surdo 1, seguida pela realeza negra representada pela velha guarda. Tudo isso ante do abre-alas que representava a festa para a rainha.
O verso do samba enredo “Toda preta é rainha” ganhou participação exclusiva do público coma paradinha. O desfile da Mangueira foi marcado por um lindo amanhecer com a mangueira colorindo a avenida com os caminhos abertos de Exu. Foi Lindíssimo
Agora é esperar a segunda noite de desfiles das Escolas de Samba que também promete.