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terça-feira, dezembro 3, 2024

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Casuarina celebra 23 anos de estrada com o álbum com participações de Zeca Pagodinho, Péricles e Marina Iris

“Retrato”, que chega às plataformas nesta sexta-feira, dia 8, agora na formação de trio, o grupo carioca reuniu sambas que marcaram época e foram importantes para cada de seus integrantes

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Depois da homenagem a Rolando Boldrin (2022), o grupo Casuarina promove uma viagem musical ao começo de sua carreira, iniciada em 2001, no álbum “Retrato”, que chega às plataformas digitais dia 8 de novembro (Biscoito Fino). O trabalho resgata a boa e velha prática da pesquisa de repertório, redescobrindo sucessos esquecidos e pérolas pouco exploradas por seus intérpretes e autores originais. Agora na formação de trio, o grupo carioca reuniu sambas que marcaram época e foram importantes para cada de seus integrantes, numa costura a seis mãos do repertório final.

Décimo primeiro na discografia do Casuarina, “Retrato” conta a participação de três convidados que entendem do riscado: Marina Iris, Péricles e Zeca Pagodinho. A cantora carioca e o mestre Zeca gravaram dois sambas garimpados pelo trio: “Cataclisma” e “Velhos Tempos”, respectivamente.

Selecionado por Gabriel Azevedo (voz, pandeiro, percussão), “Cataclisma” é de autoria de Catoni e Valquir, dois compositores da Baixada Fluminense. “Quando ouvi este samba pela primeira vez fiquei impactado pela letra, que é muito atual e tem forte conteúdo político. Além da letra forte, a pegada melódica lembra um canto de capoeira, cheio de ancestralidade”, conta Gabriel. O convite para Marina Iris participar nesta faixa foi uma consequência natural. “Pensamos em uma cantora negra, uma mulher forte, com histórico político, e a Marina tem todas essas características. A escolha casou perfeitamente”, finaliza o vocalista do Casuarina.

Ícone do samba de São Paulo, Péricles imprimiu o vozeirão e a elegância característicos na versão de “Coração Feliz”, do repertório de Beth Carvalho. “Malandro sou eu”, outro clássico gravado pela madrinha do samba, entrou na lista de Rafael Freire e permaneceu no álbum: “Essa música me remete ao final da década de 1990, quando o pagode invadiu a Zona Sul. Passei a frequentar as rodas de samba da região ainda moleque, com 16 anos, ao lado de amigos de colégio que viriam a ser colegas de ofício. Sempre tive vontade de gravá-la”.

Outro achado de “Retrato” é “Amarguras”, parceria de Zeca Pagodinho e Cláudio Camunguelo, originalmente gravada pelo Fundo de Quintal. “Cem Anos de Liberdade”, clássico samba-enredo da Mangueira, ganhou arranjo delicado, que foge da estética habitual do estilo. Bebendo na fonte de Jovelina Pérola Negra, o Casuarina foi buscar o samba “Catatau”, de aguçada crítica social, além de extremamente atual.

Já “Retrato cantado de um amor “(J. Roberto / Adilson Bispo) foi selecionada por João Fernando (arranjos, bandolim, violão tenor, cavaco e vocais): “É um samba belíssimo, eternizado pelo cantor Reinaldo, que dialoga com o segmento do pagode. Insisti para que entrasse no disco, sempre achei que ficaria bonito na voz do Gabriel. Fiz o arranjo pensando em valorizar a melodia, e a gravação ficou incrível: acredito que seja um dos destaques do novo álbum”.

“Retrato” celebra a maturidade do Casuarina, que completa 23 anos de trajetória fazendo o que mais gosta: resgatando canções esquecidas e rememorando grandes sucessos.

Sobre o Casuarina

O grupo nasceu em 2001, em meio ao processo de revitalização do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Foi ali, nos bailes da vida, que o projeto Casuarina teve início, revirando o baú da música popular brasileira.

O começo de carreira culminou na gravação do primeiro disco do grupo, “Casuarina” (2005), indicado ao Prêmio da Música Brasileira e ganhador do extinto Prêmio Rival, concedido pela tradicional casa de shows carioca. Depois de lançar dois trabalhos de grande sucesso – “MTV Apresenta: Casuarina” (2010) e “10 anos de Lapa” (2012) -, além de projetos autorais como “Certidão” (2007), “Trilhos/Terra Firme” (2011) e “7 (2017), o Casuarina prestou homenagem ao saudoso Rolando Boldrin em 2022, com o álbum “O samba está na moda”.

Casuarina é:
Gabriel Azevedo – voz, pandeiro, percussão
João Fernando – arranjos, bandolim, violão tenor, cavaco, vocais
Rafael Freire – cavaco, vocais

Repertório e ficha técnica
1 – Coração Feliz (Adilson Bispo / Marquinho PQD / Gerson Do Vale)

Feat. Péricles
2 – Amarguras (Zeca Pagodinho / Claudio Camunguelo)
3 – Cataclisma (Catoni/Valquir)

Feat. Marina Iris
4 – Catatau (Guará)
5 – Velhos Tempos (Luiz Grande / Romildo)

Feat. Zeca Pagodinho
6 – Retrato Cantado de um Amor (Adilson Bispo / Zé Roberto)
7 – Malandro Sou Eu (Arlindo Cruz / Franco / Sombrinha)
8 – Cem Anos de Liberdade (Alvinho / Jurandir / Hélio Turco)

Produzido por Casuarina
Gravado, mixado e masterizado por Lucas Ariel nos estúdios da Biscoito Fino.
Assistente de Estúdio: Wallace Ferreira
Foto: Jorge Bispo
Design de capa: Leliene Rosa
Figurino: Joanna Ribas

Músicos participantes:
Gabriel Guinther – bateria
João Faria – baixo
Mafram do Maracanã – percussão
Pedro Holanda – violão de 7 cordas
Fabiano Salek – percussão na faixa 8
Fábio Queiroz – banjo nas faixas 1, 2, 4, 6
Elisa Addor, Beatriz Coimbra, Pedro Holanda – coro

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