Manoel recebeu um convite da tradicional escola de samba Vai-Vai, conhecida pelas cores alvinegras e a maior detentora de títulos do Grupo Especial. Ele aceitou o convite e irá desfilar pela Vai-Vai no próximo Carnaval em São Paulo.
Manoel Soares é um artista multifacetado, atuando como apresentador, ator, escritor e jornalista, além de ser um ativista social e fundador da Central Única de Favelas (Cufa). Fora da televisão, Manoel lançou o programa “Bombou”, uma iniciativa multiplataforma que reúne notícias e interage com o público através de canais como YouTube, Spotify e Facebook, onde ele entra ao vivo e discute os assuntos que estão repercutindo nos portais de notícias brasileiros.
É notável a carreira diversificada e engajada de Manoel Soares, que conquistou espaço tanto na mídia quanto no universo do Carnaval brasileiro. Ele trabalhou na Globo durante seis anos, participando do matinal “Encontro com Patrícia Poeta” e da bancada do “Papo de Segunda” no canal GNT. Sua demissão da emissora marcou uma nova etapa em sua carreira, e ele segue levando adiante seus projetos e contribuindo para a cultura e o ativismo social no Brasil
No Carnaval, ele desfilou pela escola de samba Rosas de Ouro, revivendo a figura histórica de Zumbi dos Palmares, como embaixador do enredo “Kindala – Que o Amanhã Não Seja Só Um Ontem Com Um Novo Nome”.
Carnaval 2024 – Enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”
Para o próximo carnaval, a Escola de Samba Vai-Vai terá como enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”, mostrando a rua como espaço em constante disputa pela arte na cidade de São Paulo. Celebra ainda os 40 anos da cultura Hip Hop no Brasil, exaltando a arte urbana por meio de suas vertentes – DJ, MC, Break e Grafitti.
A proposta é trazer para o centro do palco da cidade as manifestações culturais que sempre ficaram à margem, escondidas nas periferias. Utilizando a linguagem popular dos MCs e DJs, por meio do Rap, o enredo reivindica a ocupação de espaços, assim como o reconhecimento pleno das expressões artísticas e culturais consideradas periféricas. Desta forma, é evidente, urgente e intrínseco o diálogo com temas necessários a uma sociedade plural e humanizada como a igualdade racial, o combate à intolerância religiosa e a diversidade em todas as suas formas.
O desfile será um convite à insurgência contra a normatização elitista – em favor das mães solteiras, dos desvalidos, dos marginalizados, dos mendigos, das meretrizes, dos presidiários e de todos aqueles que Exu guarda na sua capa caótica e desordenada, mas com a certeza de que a verdade tarda… Mas não falha!
