Os tambores do Olodum ganharam o mundo e se tornaram um dos maiores símbolos da cultura baiana. Mas o Olodum não é apenas uma banda. o Bloco Afro Carnavalesco que surgiu em Salvador no ano de 1979, desenvolve ações de combate à discriminação social, estimula a auto-estima e o orgulho dos afro-brasileiros, defende e luta para assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas, na Bahia e no Brasil.
A Banda Olodum é atualmente um grupo cultural, considerado uma organização não-governamental reconhecida como de utilidade pública pelo governo do estado da Bahia. Depois da estréia no carnaval de 1980, a banda conquistou quase dois mil associados e passou a abordar temas históricos relativos às culturas africana e brasileira. O primeiro LP da banda foi chamado de “Egito, Madagascar” e foi gravado em 1987, estourando na Bahia com a música “Faraó”. A ideia desse LP era homenagear as raízes do grupo e mostrar ao Brasil a Mamma Africa!, além de mostrar a história da raiz musical do grupo (do batuque as influências dos Deuses africanos).
Pouco depois, o Olodum passou a ser conhecido internacionalmente como grupo de percussão afro-brasileira e excursionou por muitos países da Europa, Japão e quase toda América do Sul. Em 1988, Simone gravou “Me ama mô”, ao vivo, no Pelourinho, com a participação de Neguinho do Samba e Olodum, faixa que integra o disco Simone (1989). Um dos momentos de maior exposição do grupo foi em 1990, quando articipou da faixa “The Obvious Child”, do disco de Paul Simon, “The Rhythm of the Saints”, cujo videoclipe foi gravado no Pelourinho e exibido em mais de cem países. Depois desse fato o Olodum gravou com outros músicos consagrados internacionalmente e nacionalmente, como Wayne Shorter, Michael Jackson, Jimmy Cliff, Herbie Hancock e Caetano Veloso, divulgando ao mundo a mistura de ritmos que inclui batuques africanos, reggae, samba e ritmos latinos.
A Escola Olodum tem como missão o desenvolvimento da cidadania e preservação da cultura negra, oferecendo um saber afro brasileiro e novas formas de conhecimentos adicionais àqueles adquiridos no sistema formal de ensino.
Esse projeto pioneiro de educação popular afro brasileiro teve origem no projeto Rufar dos Tambores, desenvolvido em 1984, pelo Olodum, composto de aulas gratuita de percussão de bloco afro, e dos cursos afro – brasileiros de curta duração.
Inicialmente visava atender uma solicitação da comunidade do Maciel/Pelourinho para que fosse formada uma banda de percussão integrada por crianças e adolescentes do bairro.
Eles viviam em situação de risco e vulnerabilidade social e sem perspectivas de integrar-se socialmente por conta do estigma marginal que na época existia contra os moradores da área.
Hoje podemos dizer que o Olodum não é apenas um Grupo de Percussão Brasileira, uma Escola ou um bloco: é uma nação enraizada na cultura afro brasileira que ganha admiradores, adeptos e seguidores por todo Brasil e pelo mundo.
Boa noite
Estarei em Salvador de 17/05 a 23/05
Sou jornalista e gostaria de fazer uma visita nesta conceituada instituição para melhor conhecer
Como posso proceder?
ATENCIOSAMENTE
LUIZ CARLOS
PRESIDENTE DO INSTITUTO ANDRÉ REBOUÇAS