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quarta-feira, setembro 18, 2024

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40 anos sem “Clara Nunes”: O Brasil perdia uma de suas maiores sambistas

Ela interpretou canções que viraram clássicos do samba para toda eternidade

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Clara Nunes, que nos deixou em 2 de abril de 1983, o mundo perdia essa cantora incrível, mas seu legado continua vivo em cada uma de suas canções. A lembrança triste transforma-se em gratidão pelas obras-primas de interpretação que a “mineirinha guerreira” nos presenteou e que a tornaram imortal.

Foi a primeira cantora a vender mais de 100 mil discos no Brasil; visitou vários ritmos, mas fincou pé no samba de raiz e na tradição das velhas guardas; conquistou prestígio internacional; e mantém uma legião de fãs e discípulas mesmos após 40 anos de ausência física.

Ela deixou uma tristeza imensa e um sentimento profundo de perda, por tanto que ainda podia oferecer. Foi o mesmo sentimento quando o mundo perdeu artistas como Elis Regina, Leila Diniz, Janis Joplin, Cássia Eller, Amy Winehouse, que também partiram ainda tão novas, cheias de talento e com muito a percorrer nos caminhos da arte.

Ela foi uma verdadeira força da natureza. Dona de um canto forte que invocava a fé e a exaltação a deuses, interpretou canções que viraram clássicos do samba, como “Canto das Três Raças”, “Portela na Avenida”, “O Mar Serenou”, “Ê Baiana”, “Morena de Angola”, “Ijexá”, “Nação”, e muitas outras. Sua presença no palco, a dimensionava, projetando a imagem de uma mulher poderosa e carismática, na mesma proporção da sua voz e da sua forma de cantar.

Clara, mineira de Paraopeba, era uma mulher talentosa, forte, de uma beleza marcante e vaidosa, características de uma típica leonina, nascida em 12 de agosto de 1942. Em 5 de março de 1983 se submeteu na Clínica São Vicente, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, a uma cirurgia para a retirada de varizes. Com uma grave rejeição à anestesia, ela ficou em coma por 28 dias e faleceu no dia 2 de abril.

Nesse dia, o samba tocado em qualquer ponto do país tinha um quê de tristeza. Mas, os céus, em festa, receberam “a guerreira” Clara, com sua fé e seu canto que encantou todas as raças, tribos e amantes da boa música.

Que sua voz e sua energia jamais sejam esquecidas. Que essa data seja um lembrete de seu grande talento e de sua importância na nossa música!

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